“Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também, o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos…”sem querer””
Sigmund Freud
Ultimamente tem andado com dificuldade em lidar com as suas emoções?
Não compreende o porquê de alguns pensamentos, comportamentos e sentimentos?
Já pensou várias vezes em procurar ajuda especializada mas não sabe bem qual?
Será que um psicólogo pode ajudar?
Aqui ficam alguns esclarecimentos que talvez ajudem a decidir…
Os psicólogos são profissionais, que independentemente da sua orientação teórica, têm como função principal a escuta do outro na procura de uma compreensão global do seu funcionamento psíquico e emocional.
Naturalmente que as estratégias de intervenção, a importância dada ao setting terapêutico (espaço da consulta), frequência e duração das consultas é variável de acordo com a orientação/modelo teórico seguida por cada psicólogo, mas também pelo tipo de técnica/modalidade de apoio que procura (consulta terapêutica/aconselhamento ou psicoterapia).
Ainda assim, todos os psicólogos, de acordo com o seu código de ética e deontologia, deverão avaliar as condições dos pacientes e do próprio para iniciarem um processo terapêutico e informarem os pacientes da necessidade ou não de encaminhamentos para outras especialidades que considerem ajustadas em cada situação.
No entanto, por se tratar de uma profissão em que a relação entre os intervenientes é crucial para o sucesso da intervenção, é fundamental que psicólogo e paciente se sintam bem na relação a dois e que esta esteja assente na confiança e confidencialidade, independentemente dessa relação durar 4-5 consultas, breves meses ou anos.
E aqui surge a necessidade de clarificar alguns mitos sobre a prática dos psicólogos…nem todas as pessoas fazem a sua terapia deitados num divã e nem todas as pessoas andam anos a fazer terapia… a decisão sobre o processo terapêutico mais adequada para cada individuo é da responsabilidade do psicólogo tendo em conta:
- as características do paciente (capacidade de pensar sobre si próprio; motivação para a resolução dos problemas, outros)
- a problemática identificada
- o modelo teórico que orienta a prática do psicólogo
- a disponibilidade de horário e financeira para assegurar a continuidade da intervenção
- motivações do paciente para a procura de ajuda/mudança